Comunicação Assertiva

A Comunicação Assertiva é uma Soft Skill desejada pelas empresas.

Cada vez mais, o mundo corporativo vem percebendo que a comunicação assertiva está se tornando uma soft skill, ou seja, uma habilidade extremamente importante para elevar os resultados nas empresas e isso independente de qual departamento o colaborador trabalhe.

Fonte: Canva

Porém as cenas mais comuns presenciadas são de profissionais com dificuldades em dizer não, isso mesmo, é aquela pessoa que normalmente diz sim para a maioria das vezes, mas lá no fundo gostariam de ter dito um forte e sonoro NÃO.

Você já percebeu ou passou por determinadas situações, no qual precisou “engolir um tremendo sapo” ou conhece algum colega de trabalho (ou em casa mesmo) que possui facilidade em criticar o próximo ao invés de elogiar e reconhecer as reais qualidades dos que estão à sua volta?

Enquanto uns se sentem impotentes para agir, mas ao mesmo tempo preferem pagar os ônus da agressão e da submissão para agradar o outro em busca da uma falsa harmonia e evitam assim ao máximo o conflito. Outros se sentem livres para expressar o que pensam e às vezes chegam a atacar, como forma de impor os próprios desejos.

O mundo está recheado de exemplos corriqueiros e atitudes como estas descritas acima, no qual muitas pessoas agem assim com o objetivo de resolver os seus problemas. Mas na verdade, em ambos os lados citados acima, só crescem as situações mal resolvidas e crescem também os rancores e os maus desentendimentos entre as pessoas.

Por que a ausência da Comunicação Assertiva acontece?

 

É na infância que muitas instituições sociais podem influenciar positivamente ou negativamente a comunicação assertiva na vida do indivíduo.

As instituições sociais se iniciam na própria família e podem ser representadas e reforçadas na escola, nos dogmas da igreja, no cinema, na novela, na televisão, revistas e etc. 

Perceba que muitos adultos de hoje em dia aprenderam normalmente por repetição e ou muitas vezes observando como os outros a sua volta agiam, e na sua grande maioria, quando criança aprendeu a lidar basicamente com os conflitos de duas formas:

  • Com passividade, no qual a pessoa prima pela socialização e não tem coragem e ou não sabe como falar e se defender, sem saber como se posicionar e falar de forma firme com autoconfiança.
  • E ou com agressividade, no qual a pessoa age com excesso de individualidade e coloca a culpa em outro ser e muitas vezes reage contra atacando o outro.

Segundo Vera Martins, que é pedagoga, Mestre em Comunicação e Mercado, em seu livro Seja Assertivo, existe uma matriz da assertividade, que pode explicar o processo de desenvolvimento e equilibrar a socialização e a individualização do ser humano.

Como por exemplo, quando criança Maria estava em casa tranquilamente com a família e de repente chega uma visita e os pais dela logo dizem para a criança não se intrometer na conversa de adulto e manda a Maria ir brincar em outro lugar ou até mesmo a manda ir dormir alegando que já está tarde.

Ou quando os pais de João eram convocados para comparecer na escola para conversar com a professora, normalmente a criança não podia nem entrar na sala de reunião, pois João não tinha o direito de ser ouvido naquele momento.

Isso porque naquela época o modelo educacional e de socialização era diferente e hoje encontramos muitos adultos com a crença de que somente aquele que tem maior autoridade é o mais poderoso, como diz o ditado: “Quem é você na fila do pão” ou “Manda quem pode, obedece quem precisa e tem juízo”.

As crenças destes modelos fazem com que em determinadas ocasiões o adulto se expresse e comunique-se acreditando que as relações são desiguais e se comporte na passividade (se enxergando menor que o outro) ou na agressividade (se enxergando maior que o outro).

E agindo assim, várias gerações cresceram com crenças limitantes que o afastam da comunicação assertiva.

Outros exemplos disto, podem estar dentro de casa, na relação de marido e mulher, ou dentro das corporações, no qual muitos gerentes, com cargos intermediários, são durões e ou mandões com seus subordinados, mas diante de seus superiores, que possuem cargos maiores, acabam tendo uma comunicação passiva com seus respectivos chefes. 

O que é a Matriz da Comunicação Assertiva ?

Fonte: Seja Assertivo! – Como conseguir mais autoconfiança e firmeza na sua vida profissional e pessoal / Vera Martins

http://Seja assertivo!: como conseguir mais autoconfiança e firmeza na sua vida profissional e pessoal

Observe que a matriz mostra onde e como a influência da educação vai influenciar diante da escolha inconsciente ou agora consciente na postura e na comunicação passiva, agressiva e ou assertiva do ser humano.

A socialização está relacionada com a educação com as pessoas e o mundo que o cerca. Diz respeito ao grau de respeito com os direitos dos outros.

A individualização está relacionada com a expressão do ser, do que ele quer, do que ele sente e pensa. Está ligada diretamente com os direitos pessoais.

Quando esta matriz se torna consciente, se começa a entender as crenças, as formas de como a pessoa foi criada e também percebe que todos os seres humanos são iguais, que se deve respeitar em sua individualidade e a praticar o auto respeito, e como consequência disto acontece a melhora nas relações de todos os ambientes da vida e a comunicação assertiva começa a florescer.

Benefícios da Comunicação Assertiva.

Você já percebeu que por outro lado existem pessoas com uma extrema capacidade para se expressar e se comunicar com uma grande habilidade (Soft Skill) e assim conseguem o que querem com mais facilidade?

O cérebro humano foi programado para proteger o indivíduo, tipo um sistema de alarme, e é lá no emocional que aparece um aviso luminoso dizendo: cuidado! E dependendo de como a pessoa enxerga a situação é como ela vai reagir ou vai atacar ou vai administrar o cérebro para lhe tirar da armadilha e levá-la para uma comunicação assertiva, resolvendo assim o problema da melhor forma possível. 

A comunicação assertiva traz inúmeros benefícios para a pessoa, melhora os resultados para ambos os lados, pois o indivíduo passa a viver de forma mais equilibrada, gerindo melhor as emoções, consegue maior agilidade na solução de diversos problemas, constroem relações mais produtivas, no que se chama ganha-ganha. Aumentando assim o poder de escolha dos próprios sentimentos, pensamentos e comportamentos, o que o leva a ser uma pessoa melhor e passa a ser a protagonista da própria história.